Desde o dia 19 de novembro o Hospital São Gabriel Arcanjo, com divida de aproximadamente R$ 200 mil, passou a ser administrado pelo município.

Desde o dia 19 de novembro o Hospital São Gabriel Arcanjo, com divida de aproximadamente R$ 200 mil, passou a ser administrado pelo município. O até então administrador Celso Weissheimer foi exonerado na presença da promotoria, poder executivo e sociedade hospitalar. Com isso o município deve economizar uma bela quantia mensal, valor que a administração preferiu não divulgar num primeiro momento. Conforme a assessoria jurídica da prefeitura, tudo começou quando a casa de saúde procurou o promotor Sérgio Diefenbach, sem antes procurar a Administração, alegando problemas financeiros. “Esse fato nos causou surpresa, visto que não fomos comunicados”, salienta o advogado do município, Fábio Gisch. Neste momento o promotor intermediou um encontro entre Hospital e poder executivo, agendado para 19 de novembro.

Antes do encontro, no dia 05 deste mês, o município nomeou uma comissão para realizar uma auditoria interna no Hospital, afim de averiguar repasse de auxílio financeiro, situação jurídica e administrativa. Entre as necessidades averiguadas estava a falta de valores para o pagamento do 13º salário dos servidores. Diante disso foi elaborado um projeto de lei, o qual foi encaminhado ao poder legislativo para o repasse de R$ 47.714. A proposição foi aprovada.

Quando do encontro entre o promotor, poder executivo, até então administrador da casa de saúde e sociedade hospitalar, foi apresentado um relatório da comissão onde foram detectadas inconsistências administrativas e gastos excessivos, o que poderia gerar redução do custo mensal da entidade, especialmente na compra de material de expediente, encargos bancários, combustível, seguro veicular e gastos em alimentação e bebidas. Fatos que tentaram ser justificados pela até então administração.

Durante o encontro Weissheimer informou que a casa de saúde necessitava de mais R$ 155 mil para cobrir dívidas atrasadas de fornecedores e despesas negativas de bancos. Contudo, o jurídico do município informou que o plano apresentado era insuficiente para demonstrar a real necessidade. Na oportunidade o Hospital comprometeu-se em elaborar melhor o plano e apresentar à prefeitura, o que está em andamento.

A partir disso, o prefeito Cesar Leandro Marmitt, o Dingola, propôs assumir de imediato a administração da casa de saúde, inclusive com a rescisão do contrato de trabalho do atual administrador. Isso geraria redução de custos, somados a outras medidas, como compras de medicamentos e materiais mais baratos. O município também colocaria um servidor para auxiliar no gerenciamento. Esse processo seria como uma forma de transição para a futura entrega do hospital à uma nova forma de gestão, possivelmente terceirizada. A sociedade hospitalar que tem a frente Carlos Dante, o Mulato, aceitou a sugestão e demitiu Weissheimer que terá os valores indenizatórios pagos pela prefeitura. Isso se dará por meio de auxílio financeiro a partir de projeto de lei a ser encaminhado ao poder legislativo. O valor será de R$ 69.050,99. Lembrando que, conforme a Secretaria Municipal da Administração, até o ano de 2012 o saldo da casa de saúde era positivo e num período de aproximadamente dois anos ficou com cerca de R$ 200 mil negativos.

Data de publicação: 26/11/2014

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