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Na tarde desta terça-feira, dia 28 de maio, o prefeito João Henrique Dullius, sua assessoria jurídica e procuradoria do município e o secretário da Administração e Finanças Leandro Johner, receberam no gabinete do Poder Executivo Municipal, representantes dos moradores que tiveram que deixar suas casas na madrugada da sexta-feira (24) em decorrência de alterações em uma faixa do morro. Também estiveram presentes, o promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, representando o Ministério Público do Rio Grande do Sul, profissionais representando a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a empresa contratada pelo município para realizar os estudos no entorno do morro da cidade.

Na ocasião, foram colocadas diversas dúvidas a respeito do evento natural de movimento do solo, quanto a forma que ocorreu a evacuação e principalmente quando as pessoas poderão retornar para as suas casas. Uma parcela dos moradores entende que não seria necessário sair de suas casas, tendo em vista a “fenda” do morro ser histórica, assim como, as rachaduras em algumas casas.

O promotor disse entender a angústia de todos, inclusive do Poder Público municipal. Perante as dúvidas das pessoas frisou que nesse momento “o que menos se consegue entregar às pessoas é a certeza”. O representante do MP enalteceu a presença de profissionais renomados, de fora da região, no momento de tomar a decisão pela evacuação. Ele acrescentou que todos foram pegos de surpresa quando chegou a informação que a situação do Morro de Cruzeiro teria passado de moderado para grave. Assim foi colocado em prática o princípio de prevenção e proteção. Diefenbach disse que, como o Município não tinha condições sozinho, foi acionado o Estado para auxiliar na evacuação.

Agora ocorre a sequência das análises. A decisão pela liberação dos locais para que as pessoas voltem para casa será dos profissionais envolvidos no levantamento (laudo), com anuência do Poder Público. Além de geólogos que analisam o solo, será necessária a presença de graduados da construção civil, os quais analisarão os imóveis e poderão apontar as causas reais das rachaduras. Cada caso será avaliado de forma individual. Para isso, serão solicitados profissionais para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Ainda de acordo com os profissionais, é necessário esse tipo de profissional, pois as rachaduras do solo são diferentes dos imóveis e, por vezes, podem nem ter ligação.

A empresa contratada para realizar os estudos geológicos necessários para um laudo definitivo salientou que até o momento foram realizados, em sua maioria, laudos visuais. A partir de agora serão implantados marcos de controle e outros testes, permitindo avaliar em números a movimentação que está acontecendo no perímetro evacuado. Para um laudo definitivo, permitindo uma avaliação que dirá se as famílias poderão retornar de forma segura e permanente, será necessário um período de aproximadamente 30 dias.

Ficou definido ainda que, após três dias de tempo seco, sem novas precipitações pluviométricas, haverá uma nova avaliação da empresa contratada que indicará se há possibilidade do retorno dos moradores aos seus lares, mesmo que de forma momentânea. Diante disso também foi avaliada a necessidade de um plano efetivo de contingência, tendo em vista a possibilidade de evacuação depois de novo alerta de risco.

Por último, o prefeito ressaltou que todo o procedimento realizado da noite de quinta para a madrugada de sexta-feira (24) foi com a intenção de salvar vidas. “Graças a Deus o morro não caiu e ninguém se feriu”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Data de publicação: 29/05/2024

Créditos das Fotos: Marcio Steiner

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