Foi realizada na manhã desta terça-feira, dia 22, no Salão de Eventos da Prefeitura, a audiência pública de apresentação e aprovação do Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do CIPAE G8 – Grupo dos oito municípios desmembrados d...

Foi realizada na manhã desta terça-feira, dia 22, no Salão de Eventos da Prefeitura, a audiência pública de apresentação e aprovação do Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do CIPAE G8 – Grupo dos oito municípios desmembrados de Lajeado. Os trabalhos foram conduzidos pelo prefeito de Marques de Souza e presidente do G8 Ricardo Kich. O prefeito anfitrião, Cesar Leandro Marmitt, o Dingola, também participou do encontro e lamentou o pouco envolvimento da comunidade. O plano foi desenvolvido pela empresa Lógica Gestão Ambiental de Lajeado, e já aprovado pelo Ministério do Meio Ambiente. O mesmo começa a ser implantado a partir de 2014, em conjunto entre os oito municípios. O grande objetivo, conforme Simone Schneider, da Lógica, é estruturar e implantar o sistema de coleta convencional e seletiva, atendendo 100% da população da G8. Hoje são ao todo cerca de 42,5 mil habitantes, em uma área a ser atingida de 1.163,768 milhão de quilômetros quadrados.

Conforme dados apresentados por Simone, atualmente, quantos as resíduos domiciliares, 70% é recolhido, e outros 23% é queimado, este último, principalmente em função de ainda não haver a coleta na zona rural. Do lixo domiciliar gerado, a maior parte, ou seja, 38% é material orgânico, seguido de 26% de rejeito (papel higiênico, fraldas descartáveis), e 9% papelão, entre outros materiais de menor expressão. Dentre os oito município apenas Cruzeiro do Sul apresenta o processo de Coleta Seletiva. A Lógica calcula uma produção média diária de 0,390g de lixo por habitante do G8. Atualmente todo o lixo produzido por Cruzeiro do Sul, Marques de Souza, Forquetinha, Santa Clara do Sul, Canudos do Vale, Progresso, Boqueirão do Leão e Sério é encaminhado para Minas do Leão, o que continuará sendo feito. Contudo, com o plano, apenas será possível a destinação do rejeito, ou seja, o que realmente não poderá ser reaproveitado. Para fazer a triagem, o Consórcio, dentro do Plano, irá instalar uma estrutura no interior do município de Progresso, em área hoje pertencente ao Governo do Estado e que deve ser cedida para tal fim.

Hoje o investimento anual com o lixo encaminhado para Minas do Leão, pelos oito municípios, gira em torno de R$ 1,2 milhão/ano, o que representa cerca de R$ 30 por habitante/ano. Em Cruzeiro, por exemplo, a taxa cobrada é de R$ 9/ano. Lembrando que a médio prazo, o Governo Federal determina cobrança de 100% do contribuinte para fazer a coleta. “Está ai a importância das pessoas participares das audiências e ficarem cientes destes detalhes, pois quanto menos lixo se produzir, menos irá se pagar”, assinala Marmitt. A estruturação do plano é para os próximos 20 anos, sendo que será iniciada em 2014, onde se terá um administração formada dentro do G8. O plano para sua estruturação deve ter um custo aproximado de R$ 5 milhões. “Com certeza vamos buscar recursos da União”, frisa Kich. O único representante da comunidade na audiência desta terça-feira foi o morador do bairro Cascata Luís José Matte que considera a iniciativa de suma importância para o melhor tratamento do lixo.

Fotos Marcio Steiner

Data de publicação: 24/10/2013

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